segunda-feira, maio 23, 2005

Esquecendo as Descobertas

Namoravam. Um amor lindo. Daqueles quase eternos, sujeitos a desencontros e intrigas. Sempre a inveja humana.
Trocavam carícias diárias num mar da doçura.
Pequenas cenas de ciúmes. Independentes.
Gostava das mãos masculinas, mas as dele.....
Que coisas suaves. Suavíssimas.
Macias, sempre a percorrer seu corpo, suas pernas.
Impressionava a habilidade dele em dirigir com uma das mãos, enquanto a outra lhe buscava o clitóris, subindo pelas pernas em carícias sublimes. Pequenas infrações no trânsito. Justificadas.
Descobriu com ele o poder de sedução de seus cabelos. Nem imaginava isso. Gemeu carinhosamente o nome dele todas as vezes que ele a puxou pelos cabelos para junto do seu corpo nu. Doce domínio, doce prazer.
Sempre que o vento atirava-os para trás, sentia aquelas mãos sempre suavíssimas. Não gemia em público, mas suspirava, mesmo diante de um novo amor.
Fullana passou a usá-los longos, mesmo quando ele foi embora. Não queria perder aquele encanto.
Descobriu os prazeres de sua boca em beijos deliciosos, públicos, interminavelmente doces.
Ele insistiu nas maravilhas que sua boca poderia proporcionar num sexo oral.
- Deixa eu te chupar. Você vai gostar.
- Sinto cócegas. Fullana argumentava fingindo-se tímida.
Não deixou. Não tinha gostado de outras vezes. Deixou-se levar pelos incompetentes.
Não deixou aquela boca mostrar-lhe tudo que podia lhe dar. Nem ouvindo-a.
Um dia veio a arrepender-se do tempo que passara. As mãos e bocas nunca mais foram iguais àquela. Nem as declarações de amor.
Os cabelos? Foram cortados. Não tinham mais uso.
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